O Conselho Europeu, que se prolonga até sexta-feira, começou com cerca de meia-hora de atraso em relação ao horário previsto (17h locais, 16h de Lisboa), estando Portugal representado na reunião pelo primeiro-ministro, José Sócrates, e pelo ministro dos Negócios Estrangeiros, Luís Amado.
Depois de um encontro com o presidente do Parlamento Europeu, Jerzy Buzek, os líderes europeus dedicam a primeira sessão de trabalho a um debate sobre as alterações climáticas e a preparação da cimeira de Copenhaga sobre o tema, uma questão em que estão extremamente divididos.
Há um consenso generalizado sobre a necessidade de intervir, nomeadamente, ajudando os países em desenvolvimento a fazerem a sua parte, mas os 27 discordam sobre o montante de uma contribuição financeira.
Depois dessa discussão, com desfecho incerto - muitos duvidam que haja um acordo nesta cimeira -, segue-se, ao jantar, uma discussão ao nível de chefes de Estado e de governo sobre os últimos entraves à conclusão da ratificação do Tratado de Lisboa e os preparativos necessários para a entrada em vigor.
Os líderes europeus discutirão designadamente as exigências do Presidente checo, Vaclav Klaus, quanto a uma excepção para o país na aplicação da Carta de Direitos Fundamentais, numa altura em que o Tribunal Constitucional checo ainda está a avaliar a conformidade do Tratado com a Lei Fundamental do país.
Na passada semana, Klaus afirmou ter recebido uma proposta satisfatória da presidência sueca da UE em resposta à sua reivindicação, o que poderá simplificar os trabalhos dos chefes de Estado e de governo.
Mesmo sem a ratificação definitiva do Tratado de Lisboa, já começou a corrida aos dois novos cargos previstos nesse acordo - o presidente do Conselho Europeu e o alto representante da Política Externa da UE -, e, embora não estando na 'ementa' oficial de hoje, o assunto será certamente um dos dominantes nas conversas informais nos corredores, como admitiram fontes diplomáticas.
Já hoje, em Bruxelas, à entrada para um encontro do Partido Socialista Europeu que antecedeu o Conselho Europeu, José Sócrates defendeu a conclusão de um acordo entre socialistas e conservadores europeus sobre a atribuição dos dois novos cargos criados com a entrada em vigor do Tratado de Lisboa, uma ideia com apoiantes nas duas principais famílias políticas europeias e que parece cada vez mais ganhar corpo.
Fonte: Lusa / SOL
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