Dois virtuais desconhecidos foram escolhidos como as novas caras da Europa: o Primeiro-Ministro belga e a Comissária britânica vão ocupar os dois cargos de topo da União Europeia.
Há dias considerado o favorito, Herman van Rompuy torna-se agora o primeiro Presidente da União Europeia, derrotando Jan Peter Balkenende e o antigo Primeiro-Ministro Tony Blair. Mas foi a delegação de uma figura pouco conhecida para um papel internacional de alto representante da União Europeia que se tornou na grande surpresa durante a Cimeira de Quinta-feira à noite.
Era esperado que o popular, mas discreto ministro belga fosse vencido por uma figura mais carismática para o cargo que vai ser a cara da Europa no palco mundial.
Mas o nome de Catherine Ashton mal soa em Bruxelas, onde se tornou Comissária por mais de um ano. Ao contrário de outras candidatas de peso como Nellie Kroes, Ashton é tão anónima que diz-se que os seguranças pediram a sua identificação quando tentou entrar no edifício durante a cimeira. Vai encabeçar o novo ministério dos negócios estrangeiros com 3,000 diplomatas com 200 embaixadas da União Europeia e uma carteira recheada de missões de manutenção de paz.
Resposta da Europa de leste
As novas entradas da União Europeia desde os países ex-comunistas da Europa Central e de Leste deram uma resposta positiva às novas nomeações. O Primeiro-Ministro checo Jan Fischer disse aos jornalistas que tanto Van Rompuy e a senhora Ashton eram boas notícias para a região: "São bons nomes para nós. São pessoas com quem temos uma boa relação. Estou convencido que todos têm competências e pré-requisitos para se saírem bem nos cargos.”
O antigo ministro dos Negócios Estrangeiros Karel Schwarzenberg foi menos efusivo em relação à nomeação da relativamente inexperiente Catherine Ashton como alta representante da política externa da União Europeia: "Vamos esperar e ver como vai correr tudo neste seu novo papel, já que ser-se comissário é diferente de encabeçar a política externa da União Europeia.”
O Primeiro-Ministro polaco, Donald Tusk – que discordou com o facto dos candidatos colocarem abertamente as suas agendas políticas antes de serem seleccionados para tornarem o processo “mais transparente e democrático” – referiu que a escolha de Ashton “é um pouco emigmática” embora a sua candidatura fosse melhor do que alguns nomes sugeridos, mas recusou prolongar-se mais nas declarações.
segunda-feira, 30 de novembro de 2009
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